segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Sentindo a dor do próximo II

Continuando... (Leia o post anterior para entender este)

A outra situação que me fez sentir uma dor enorme no peito e, também, derramar lágrimas, aconteceu no hospital. Fui, com minha tia Lea, buscar a minha prima Francielle e o seu bebê, João Victor, que nasceu no último sábado 12/09. E, enquanto esperávamos o médico liberá-los, vi algumas moças chegando pra ganhar neném. Uma delas estava em trabalho de parto e passava muito mal.

Ela não estava fazendo escândalo, gritando e fazendo cena. Estava sentindo dor e chorava... E, acreditem as pessoas que estavam lá (atendentes e médicos), pediam pra ela esperar porque iriam encaminhá-la para um outro hospital. Isso porque ali não tinha vaga, não tinha anestesista, nem um médico para operá-la.

Opsssss! Como assim? Ah, não. Eu e minha tia começamos a falar, a reclamar, a acionar as pessoas e, num instante, ela foi internada e deu a luz a um lindo garotinho. Mas, depois de muita, muita, muita, insistência e barulho. No meu caso, depois de algumas lágrimas derramadas enquanto segurava na mão daquela mocinha de 17 anos, nova na idade, mas forte nas suas convicções e que me disse: “Deus vai me ajudar, sei disso! O pai do meu filho me abandonou, mas apesar de não estar certa com o Pai do céu, sei que nunca me abandona”.

E ela tem toda razão! Ele, o único, o verdadeiro, o Pai, e nunca nos abandona! Essa é, inclusive, uma promessa relatada no livro de Mateus: “Eis que estou convosco todos os dias até à consumação dos séculos”. (Mateus 28:20).

Hoje eu senti essas dores, a primeira (de não ter um emprego na área desejada) com mais propriedade do que a segunda... Mas, nas duas, uma coisa ficou no meu coração: Às vezes não sentimos a dor na sua totalidade (eu não sei o que é sentir a dor de parto), mas a sentimos em parte (sei o que é querer um abraço e não ter, um aperto de mão e não ter, um alguém pra enxugar minhas lágrimas e não ter, uma palavra amiga num momento difícil e não ter, um telefonema e não ter). Isso eu sei bem o que é. E dói!

Uma sente desesperança e a outra o abandono. E eu, agradeço a Deus, por poder dar um pouquinho do meu ombro e da minha mão para elas. Pequenos gestos (pequenos mesmos), mas feitos com o coração.

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