sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Por Amor de Jesus

Hoje estava conversando com uma pessoa e ela me falava sobre sua insatisfação com o ministério de louvor da igreja onde congrega. De acordo com essa irmã, os levitas não têm compromisso com Deus, fazem as coisas de maneira relaxada e, por essa razão, ela só chega ao culto após o período de louvor.

Eu falei com ela que, quando vamos à Casa de Deus, nosso Pai, devemos ir com o coração despojado, prontos para adorá-lO. E que essa questão da adoração está além do templo. Nossa vida deve ser um de louvor a Deus. E, quanto às outras pessoas, não cabe a nós julgá-las, pois não fomos constituídos juízes. Cada um vai dar conta de seus atos diante do Senhor.

Não adiantou muito, ela falou mais um monte de coisa e eu só escutei. Em um dado momento da nossa conversa eu falei sobre a situação dos cristãos perseguidos. Muitos deles não podem falar que são cristãos, caso contrário morrem. E muitos não se calam diante da perseguição implacável. Eu lhe contei a história de uma adoradora que não se rendeu e continuou louvando ao único que é digno de adoração: JESUS!

Trata-se história de Helen Berhane, uma cantora de gospel da Eritréia (país localizado na África). Em maio de 2004, depois de ter gravado um disco de música gospel, ela foi presa. E, durante dois anos e meio, foi continuamente torturada para que negasse a sua fé e parasse de entoar louvores. Como se recusou a fazer isso, permaneceu incomunicável, sem acusação ou julgamento, no campo do Exército Mai Serwa, perto de Asmara, a capital da Eritréia.

Passou a maior parte do tempo fechada num contêiner metálico, usado como cela prisional. E, de mãos e pés atados, com rosto virado para o chão, era espancada várias vezes durante o dia. Em Outubro de 2006 foi levada muito machucada e debilitada para um hospital em Asmara.

Após uma campanha da Anistia Internacional e ações de outras ONG’s, Helen foi liberta em dezembro de 2006 e levada para Khartoum, a capital do Sudão, mas mesmo assim, temia pela sua segurança. A sua filha, Eva, juntou-se a ela em Khartoum e levou-a até Copenhaga, de onde foram levadas à Holanda no dia 19 de Outubro de 2007.

Na prisão, Helen se recusou a renunciar o cristianismo e por isso ela sofre as consequências até hoje. Com problemas no fígado e nos rins, e com alguma dificuldade de andar, ela se diz grata a Deus. “Ando com dificuldade, mas já me desfiz das muletas”, conta no site do Portas Abertas.

Essa é uma história com o final feliz, afinal, Helen está viva. E quantas outras pessoas sofrem e morrem por amor de Jesus? Desde que comecei a entender que, em alguns lugares, pessoas não podem adorar a Deus, passei a valorizar cada momento que posso estar em Sua presença. Eu adoro o Seu nome, O louvo e sou grata por poder dizer que sou cristã, sem ser açoitada (pelo menos fisicamente) por isso.

Eu espero, de coração, que essa história verídica, tenha surtido algum efeito naquela irmã e que ela passe a adorar a Deus sem olhar para os outros. Afinal, “Porque d’Ele e por Ele, e para Ele, são todas as coisas; glória, pois, a Ele eternamente. Amém”. (Romanos 11:36).

Paz!

FOTOS: Helen Berhane

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