sábado, 8 de maio de 2010

Mãe: Para Sempre!

Hoje quero falar para todos os filhos que não têm mais ao seu lado suas mães... Acredito ser uma data difícil e que, para muitos, é angustiante. Nós sabemos que é comercial, mas mesmo assim nos envolvemos. E para os filhos que perderam as suas mães é um dia, realmente, doloroso.
Sei disso porque convivo com pessoas que já não têm mais o colo de suas genitoras para os acalentar. E nós, mesmo adultos, precisamos delas. Aqui em casa não temos o hábio de comemorar essas datas (Dia da Mães, Dia dos Pias), pois entendemos que todos os dias devemos honrar os nossos pais. Afinal, é mandamento!
O fato de não comemorarmos, não significa dizer que odiamos a data e ela passa sem que eu abrace a minha mãe ou o meu pai (no dito Dia dos Pais). O que quero dizer é que não damos tanto valor a essa comemoração comercial.
Eu sempre admirei os meus pais pelo cariho e dedicação que sempre dedicaram às suas mães. Minha avó materna ainda é viva, mas minha avó paterna já faleceu. E eu lembro que no dia em que foi sepultada, meu pai chorou muito! Que dor!
Naquele mesmo dia eu recitei um poeminha que aprendi no colégio. Não o recitei para meu pai, nem para ninguém, mas para Deus. No momento que o meu pai seguia com miha mãe para o velório, esses versos brotaram do meu coração, e quero compartilhá-los com vocês.
Mas, antes disso, quero dizer aos que não têm mais suas mães, que elas não morrem nunca. Afinal, o que de melhor nos passaram, transmitimos à outras pessoas e para os filhos. São ensinamentos preciosos demais e jamais nos esquecemos deles.
Abaixo, o poema de Carlos Drummond de Andrade, chamado PARA SEMPRE!

Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
mãe não tem limite,
é tempo sem hora,

luz que não apaga quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece

com o que é breve e passa

sem deixar vestígio.

Mãe, na sua graça,

é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo-
de tirá-la um dia?
Fôsse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.

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